CAMPEONATO NACIONAL 2017 / 2018 - VIGÉSIMA TERCEIRA JORNADA
OS GRANDES
Segunda parte
O Porto, tal como aqui deixei escrito na semana anterior, venceu o Rio Ave "com uma perna às costas". O resultado, 5-0, é o corolário de (mais) um jogo sem interesse em que só uma equipa jogou.
Nunca aceitei a afirmação de que após uma derrota internacional dos nossos grandes, o próximo adversário interno "pagaria as favas". O Rio Ave não tem nada a ver com o Liverpool; a humilhação de quarta-feira passada não se limpa/esquece com uma qualquer vitória no campeonato indígena. Muito provavelmente é mesmo um problema: esconde e disfarça o que deveria ser analisado e discutido... ou mais prosaicamente: o Porto não tem a equipa de futebol que julga ter.
No próximo dia 21 o Porto deslocar-se-á ao Estoril para disputar os segundos quarenta e cinco minutos da partida interrompida há cerca de um mês. Nas presentes circunstâncias, o jogo adquire importância decisiva para os portistas. Ambas as equipas beneficiam da interrupção anterior, partindo como se de um novo jogo se tratasse. A remontada do Porto precisará do medo estorilista pela hipotética derrota. A haver uma atitude personalizada dos canarinhos, dificilmente os nortenhos vencerão o jogo. O vento será um factor a levar em conta, pois, creio, que o Estoril o terá a seu favor... caso o mesmo se faça sentir e seja relevante.
Pela Rua do Viveiro acima, certamente, muitas bandeiras benfiquistas e sportinguistas esvoejarão. Algumas reais, outras, tão-só, pendentes nos corações.
OS JOGADORES
Casillas
Constituíu a surpresa da tarde. Representa claramente um castigo para Sá. Conceição arrisca a coerência; corrigirá um erro que cometeu -- se bem me lembro -- em Outubro passado.
E agora, Marceneiro: quem vais pôr a jogar em Anfield Road? Apostaria que será Sá. O treinador não pode arriscar o caos, que sucederia se Casillas fosse titular e tivesse uma má noite.